Leo era muito imaturo
Thiago Rodrigues fala sobre a nova fase do seu personagem
“Todo mundo um dia comete uma vilania e, outro dia, uma atitude de mocinho”. Com esta afirmação, o ator Thiago Rodrigues defende o seu personagem, que, no início da trama, mostrou ter um caráter meio duvidoso ao não dar apoio a Nanda, grávida dos gêmeos Francisco e Clara. O ator, que retorna às gravações, depois de alguns meses, se diz feliz com a importância do seu papel e com a repercussão que o seu personagem teve na primeira fase da novela
Qual a sua expectativa de voltar à novela?
Thiago Rodrigues - Eu estou muito feliz e ansioso para voltar a gravar, depois de meses afastado. Para mim é como se fosse um novo personagem, já que ele volta mais velho e mais maduro.
O casal Nanda e Leo teve uma empatia muito grande com o público, ficando até difícil para o autor Manoel Carlos “matar” a Nanda e com isso desmanchar o casal. Como foi a repercussão do seu papel?
TR - Na rua, muitas senhoras vieram me “doutrinar”, dizendo que agi mal com a Nanda. Isso faz parte do nosso trabalho e é muito legal. A novela mexe com o universo das pessoas, então é natural que elas queiram opinar e interagir com a gente.
Você acha que o Leo, no início da trama, foi vilão por não ter apoiado Nanda no momento em que ela mais precisava?
TR - Eu acho que julgar o outro é muito difícil, porque simplesmente a gente não vive o que a outra pessoa está vivendo. Eu não consigo chamar um personagem de vilão. A maior característica do Maneco é humanizar o personagem e ele faz isso de um jeito que você não consegue dar essa tabuleta de vilão ou de mocinho. E, no caso do Leo, é preciso esclarecer que, antes que passassem esses cinco anos, ele ainda tentou fazer contato com a Nanda, mas ela não quis atendê-lo. O Leo era muito imaturo e sofria muita pressão da família, então não dá para chamá-lo de vilão. Todo mundo um dia comete uma vilania e, outro dia, uma atitude de mocinho. Ninguém é 100% vilão.
Na trama, Nanda aparece para Marta, através dos sonhos, pedindo para a mãe juntar os filhos. Você acredita que a gente pode ter este tipo de contato espiritual?
TR - Ninguém sabe se é ilusão da Marta. Eu não acredito porque nunca tive contato com um ser que não estivesse vivo. Mas, é aquilo, a partir do momento que você acredita, você pode acabar vendo ou ouvindo coisas mesmo.
Olívia não teve uma boa impressão de Leo, em Amsterdã, quando ele ainda era namorado de Nanda. Apesar de Olívia nunca ter concordado com as atitudes de Leo, está previsto que ela o ajudará a encontrar seus filhos e, provavelmente, ainda viverá um romance com ele, colocando em risco seu casamento e invalidando a máxima: “A primeira impressão é a que fica.” É possível ser coerente, quando rola a tal “química”?
TR - Quando o Leo descobre que a Nanda morreu, ele fica chocado e vai querer correr atrás dos filhos. Só que a informação que ele recebe é que apenas o Francisco está vivo. A vida dele vai se resumir na tentativa de reconquistar o filho e a Olívia vai querer ajudá-lo, surgindo daí um processo de identificação entre eles. E aí não há convenção social que segure um relacionamento, quando rola uma empatia. E, em minha opinião, a primeira impressão nem sempre é a que fica, porque, agindo desta forma, você pode estar cristalizando uma coisa que pode ser bacana. Acho legal ser maleável, repensar sobre as coisas e não ter opiniões fixas.
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